Principais Árvores da Mata Atlântica

Principais Árvores da Mata Atlântica

Com vegetação exuberante, a Mata Atlântica possui diferentes tipos de vegetação e é um dos biomas mais ricos em diversidade de árvores, com 20 mil espécies, sendo 8 mil delas endêmicas, ou seja, que só ocorrem no bioma.

Confira abaixo algumas espécies.

Árvores frutíferas

Palmiteiro (Euterpe edulis)

Também conhecido como juçara e ripeira, essa planta pertence ao grupo das Areacea. É uma palmeira que cresce entre 5 e 12 metros de altura e prefere se estabelecer em ambientes úmidos. As flores são em inflorescência. Frutifica entre os meses de março e junho.
Seu fruto é rico em ferro e antioxidantes, e é bastante consumido pela fauna da região, principalmente vertebrados, como macacos, roedores jacus e outras aves. É uma planta de clímax.

Pitangueira (Eugenia uniflora)

Pertence à família Myrtaceae. Também é chamada de pitanga ou pitanga-vermelha.
Essa árvore possui porte arbustivo, atingindo cerca de 4 metros de altura. A copa é densa, ramificada e arredondada. Floresce no mês de setembro. A frutificação ocorre em outubro. Seus frutos, de cor vermelha e formato de baga, são consumidos por aves. O sabor do fruto é doce e ácido e exala um odor intenso. Sua madeira é resistente.

Cambuci (Campomanesia phaea)

Pertence à família Myrtaceae. É uma árvore de porte arbustivo, atingindo aproximadamente 4 metros de altura. Seu tronco é descamante. As flores são brancas e florescem entre os meses de agosto e setembro. O fruto possui formato arredondado e cor verde externamente, com a polpa branca. O fruto é saboroso e é apreciado pela fauna. É também utilizado na produção de alimentos, como sucos, sorvetes e até mesmo em bebidas alcoólicas.
Devido ao seu pequeno porte, é bastante utilizada para arborização urbana e em projetos paisagísticos. Além disso, é indicada para projetos de restauração florestal. Seu valor econômico se deve também a propriedades de interesse para indústria farmacêutica e cosmética.

Cereja do Rio Grande (Eugenia involucrata)

Pertence à família Myrtaceae. Também é conhecida como cereja, cereja-do-mato, cerejeira e araçazeiro.

Possui porte médio, atingindo cerca de 12 e 15 metros de altura. Seu tronco é liso e reto, de cor acinzentada e de aspecto escamoso. As flores são brancas e a floração depende da sua localidade. O fruto tem formato de baga e apresenta cor vermelha quando maduro. É consumido principalmente por aves, como o sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), e sanhaços, gaturamos, saíras e bem-te-vis.

Árvore utilizada em projetos paisagísticos e de restauração, para atrair aves.

Jacataúva (Cytharexilum mirianthum)

Pertence à família Verbenaceae. É também chamada de tarumã, tucaneiro, pombeiro, baga-de-tucano e jacareúba.
De grande porte, mede entre 15 e 20 metros de altura. O tronco ém reto e a copa é larga. As flores são pequenas e exalam um cheiro adocicado, e florescem entre novembro e janeiro. O fruto apresenta tonalidades que variam entre o laranja e o vermelho, com uma polpa carnosa, atraente para animais, principalmente aves. A frutificação ocorre entre os meses de janeiro e março.
Frequentemente encontrada em áreas de várzeas e planícies, portanto é indicada para restauração de matas ciliares degradadas. É utilizada para alimentação humana, exploração madeireira e apícola.

Árvores de rápido crescimento

Aleluia (Senna multijuga)

Pertence à família Caesalpiniaceae. É também chamada de acácia, aleluia-amarela, caquera e piúna, aleluia-da-serra-do-mar, amarelinha, árvore-da-cigarra, caaobi, cobi-preto, cássia-verrugosa, farinha-seca e angico branco, além de muitos outros.
É uma árvore de médio porte, com altura entre 2 e 10 metros, algumas vezes chegando aos 20 metros. Sua casca externa é lisa, com manchas e de coloração acinzentada. Suas flores caem completamente em determinado período. As flores são amarelas e exuberantes, e exalam um cheiro atrativo. O fruto é do tipo legume, de cor castanho escuro.
Por ser pioneira, de rápido crescimento, é muito indicada para projetos de restauração florestal. De desenvolvimento agressivo, ajuda a controlar gramíneas invasoras. Além disso, a base de seu tronco costuma ser procurado por tatus, para fazerem suas tocas.

Embaúba Vermelha  (Cecropia glaziovi)

Espécie da família Urticaceae. Possui porte arbóreo. Suas flores são vermelhas e polinizadas por abelhas e também pelo vento. A floração ocorre entre os meses de agosto e fevereiro. Os frutos são carnosos e doces quando maduros e apreciados por aves e morcegos, além de serem consumidos por humanos. Suas folhas são consumidas principalmente por bicho-preguiço.
Por ser pioneira, de rápido crescimento, é indicada para projetos de restauração florestal. Além disso, sua madeira pode ser utilizada para produção de brinquedos, lápis, fósforos, celulose e papel e muitos outros.

Maricá (Mimosa bimucronata)

Pertence a família Fabaceae. Também é conhecida como alagadiço, arranha-gato, espinheiro-de-cerca, espinheiro-de-maricá, unha-de-gato, juqui-de-cerca, maracazeiro e espinho-roxo

Tem porte arbustivo, entre 3 e 10 metros de altura, com tronco bastante ramificado e de coloração acinzentada do lado de fora, e vermelho do lado de dentro. Apresente inflorescência com flores brancas e vistosas, e florescem em diferentes épocas dependendo da região. Seu fruto é coriáceo e vermelho, e frutificam em diferentes épocas dependendo da localidade.

Esta espécie ocorre em solos úmidos e apresenta rápido crescimento, sendo indicada para projetos de restauração florestal. Sua madeira pode ser explorada para uso na carpintaria e para a produção de lenha.

A importância de plantar árvores nativas para a sustentabilidade do bioma

A utilização de plantas nativas é muito importante para a restauração florestal. Isso porque elas favorecem o uso pela fauna nativa, restabelecendo assim os processos ecológicos que foram perdidos com a degradação do habitat. Assim também, diminui a manutenção do projeto, porque parte das árvores podem ser dispersas pela fauna nativa. Quando espécies de plantas exóticas são plantadas, elas podem crescer desordenadamente por não ter controle natural.

Referências

https://www.ibflorestas.org.br/bioma-mata-atlantica
https://www.saobernardo.sp.gov.br/web/sma/arvores-da-mata-atlantica
http://www.fundacaofia.com.br/gdusm/embrapa_florestas.pdf
http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Euterpe%20edulis
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/193160/1/Pitanga.pdf
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/flora/noticia/2015/01/cambuci.html
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPF-2010/46373/1/CT224.pdf
https://www.embrapa.br/documents/1355054/26025431/SITE+ARVORES_FICHA_18_Citharexylum+myrianthum.pdf/a70fc155-7e3e-c3b1-21b8-4e6836d23f3d
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/flora/noticia/2015/03/pau-viola.html
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/313252/1/circtec92.pdf