Você provavelmente já ouviu falar no termo “Desenvolvimento Sustentável”, não é mesmo? Este termo apareceu de forma globalizada pela primeira vez em 1987 no famoso Relatório da primeira-ministra da Noruega à época, Gro Harlem Brundtland.

Este relatório, de nome “Nosso Futuro Comum”, foi o pontapé inicial para uma grande mobilização global em torno de equilibrar o desenvolvimento econômico das nações com a preservação ambiental necessária para tal.

O que é desenvolvimento sustentável

O conceito de Desenvolvimento Sustentável que consta neste relatório é “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.

Ou seja, podemos perceber que, para mantermos nosso padrão de vida atual, seria necessário um novo tipo de comportamento frente às questões ambientais, tendo em vista que os recursos naturais são finitos. Ou seja, teríamos que nos readequar à realidade.

Muitos criticam este conceito pois o que nos levou à uma crise ambiental como a que vivemos foi justamente este padrão de produção e consumo atual. Será que só o desenvolvimento de novas tecnologias é capaz de solucionar este problema?

O mundo possui uma capacidade de resiliência limitada, ou seja, ele suporta nossas atividades de desenvolvimento até certo ponto; após isso, experimentaríamos situações jamais vistas.

Já começamos a sentir esses efeitos de nossas atividades exploratórias no planeta e alguns já são bem conhecidos, como:

  • Desertificação
  • Intensificação de desastres naturais
  • Aquecimento Global
  • Extremos climáticos
  • Extinção em massa de espécies da fauna e flora
  • Escassez de alimentos e de água
  • Grande elevação dos níveis do mar

Acordos Globais sobre o meio ambiente

Antes que seja tarde demais, o mundo une esforços para que o planeta não atravesse uma fase de grande ameaça à vida terrestre, porém, países com papel central para a promoção destas mudanças não se comprometeram integralmente com os diversos protocolos e acordos firmados, como EUA, Japão e China.

Para se ter ideia, caso todos os países do mundo tivessem o mesmo padrão de consumo dos norte-americanos, seriam necessários cerca de 4,5 planetas terra para dar conta. Inviável.

Algumas medidas são urgentes e possíveis para se evitar um colapso global, como:

  • Substituição do petróleo como matriz, privilegiando energias renováveis ou que não emitam tanto CO2;
  • Fazer uso mais diversificado do solo, sem privilegiar monoculturas como a da soja, ou gigantescos lotes de pecuária, por exemplo. Desta forma, manteríamos os solos férteis e produzindo alimento em grandes quantidades e variedades;
  • Incentivar cada vez mais a reciclagem e a reutilização de materiais que antes iriam para o lixo;
  • Fazer melhor uso da água. Para isso, é necessário mudar a forma e a quantidade de produção e consumo;
  • Investimento massivo em Educação Ambiental;
  • Investir em transporte público de qualidade para toda a população, reduzindo a necessidade do carro individual e, consequentemente, as emissões de CO2 e água na cadeia produtiva.

Temos muito trabalho a fazer, porém já possuímos acesso a diversas alternativas viáveis. Nem sempre o futuro é revelado por descobertas da ciência; às vezes, tudo que precisamos está bem mais próximo do que pensamos.

Quem sabe, se olharmos mais para o passado e para a história dos povos que povoaram este planeta antes de nós, descobriremos boas respostas para o presente, assegurando nosso futuro.