A Araucária (Araucaria augustifolia) é uma árvore típica do sul do Brasil sendo também encontrada em algumas regiões do sudeste do país. Sendo árvore símbolo do estado do Paraná, também é conhecida como Pinheiro-brasileiro, Pinheiro-do-Paraná, Curi, Pinheiro-das-missões, Pinheiro-caiová. Sua origem é datada a mais de 200 milhões de anos atrás, no Período Jurássico, fazendo parte do grupo das gimnospermas, primeiras plantas a dominarem o ambiente terrestre.

É uma árvore que pode atingir de 20 a 50 metros de altura, possui uma forma única com a copa voltada para cima, com o tronco linear se ramificando apenas no topo. Possui uma vida longa, podendo viver mais de 500 anos. Seu tronco possui uma casa grossa e uma cor marrom arroxeado, áspero. Suas folhas são pontiagudas apresentam uma consistência resistente podendo chegar até 6 cm de comprimento e um cm de largura. Já as flores seriam as pinhas e os cones, ambas de aspecto seco. A pinha, considerada o fruto da Araucária, é um agrupamento dos pinhões que pode chegar até 5 kg.

Existem árvores femininas e masculinas, sendo que as fêmeas produzem as pinhas e os machos os cones, que produzem o pólen, e apenas após 20 meses da polinização a pinhas soltam os pinhões. As fêmeas dão flores o ano todo, porém os machos apenas entre agosto e janeiro. A polinização ocorre pelo transporte do pólen pelo vento e a disseminação da espécie pelo ambiente é feita por pássaros nativos que se alimentam do pinhão, como a Gralha Azul. Essa disseminação também já foi feita pelo próprio homem.

Essa espécie, que já chegou a ocupar 43% do estado do Paraná, foi muito utilizada para fabrica caixa, ripas, fósforo, palitos, lápis, tábua de ressonância de pianos, também como substituinte do carvão mineral, além da produção de papel. A resina dessa planta também foi muito utilizada pela indústria. As folhas e a casca foram muito utilizadas na medicina popular. Sua floresta foi intensamente devastada tanto devido ao valor econômico da madeira, que é muito versátil e leve, quanto abertura de novas áreas para agricultura, além do desrespeito às leis de colheita e venda do pinhão.

Atualmente, a araucária está entre as espécies ameaçadas de extinção com alto risco de desaparecimento, de vulnerável em 2000 chegou a criticamente em perigo em 2006. Essa floresta já perdeu mais de 97% da área ocupada originalmente, essa redução drástica leva a outro problema chamado erosão genética, já que as pequenas áreas conservadas se encontram isoladas e distantes umas das outras, reduzindo a variabilidade genética da espécie e consequentemente a resistência contra as variações do clima. Outro problema é a redução das espécies de animais que utilizam essas florestas tanto para migração quanto para alimentação.

A preservação da espécie é importante, porém a restauração da floresta se faz necessária. Para isso é preciso que a população se conscientize da importância da espécie para o país, que vai muito além da biodiversidade, abrangendo também a cultura local, e que as organizações e poder público intensifiquem a fiscalização do manejo e comercialização, além das áreas plantadas.

Fontes:

http://www.florestalbrasil.com/2019/02/araucaria-arvore-brasileira-do-periodo.html

https://www.infoescola.com/plantas/araucaria/

http://www.emcamposdojordao.com.br/noticia/Conheca-mais-sobre-a-araucaria-arvore-simbolo-da-cidade

http://www.umpedeque.com.br/arvore.php?id=612

https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/araucaria-arvore-simbolo-do-parana-esta-perto-da-extincao/

https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/povos-pre-colombianos-extincao-da-araucaria/

https://epoca.globo.com/ciencia-e-meio-ambiente/blog-do-planeta/noticia/2017/06/por-que-araucaria-esta-ameacada-de-extincao.html

http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/04/pesquisa-pode-salvar-o-futuro-de-araucarias-ameacadas-de-extincao.html